sábado, 11 de maio de 2013

O pé plano na infância

Continuando ao assunto "pé do bebê", no post sobre o andador havia uma parte onde dizia que o uso do andador poderia influenciar em casos de pé plano. 
Como sou nova nesse "ramo materno" ou como dizem por ae "marinheira de primeira viagem", não fazia ideia sobre o que seria o tal pé plano. 
Como sempre, estou mais uma vez dividindo com vocês mais uma descoberta!!!



Pé Plano na Infância

O pé plano (pé chato) na criança sempre gera dúvidas e preocupações nos pais,
 é o motivo mais comum das consultas e dos encaminhamentos para avaliação 
ortopédica durante a infância.


O bebê recém nascido possui grande flexibilidade estrutural; seus ossos são
formados por matrizes de cartilagem, que ainda não estão calcificadas, 
seus ligamentos são elásticos e a musculatura é pouco desenvolvida. 
Além disso, existe um acúmulo de gordura na planta dos pés. 
Por esses motivos, os pés de um recém nascido são muito flexíveis e 
apresentam-se planos ou, até mesmo, levemente convexos.


Durante o crescimento, a criança passa por várias fases de aprimoramento e 
evolução até conseguir caminhar e correr com segurança. 
Nesse período é muito importante a sensibilidade tátil e o estímulo do contato 
com o solo para a formação do pé (ver: O desenvolvimento do Pé na Criança).


Toda criança, durante os primeiros anos de vida, apresenta graus variáveis 
de pés planos. E isto é normal.


O arco plantar começa seu desenvolvimento por volta do quarto ou quinto ano 
de vida, quando a musculatura está em pleno desenvolvimento, 
o esqueleto torna-se mais rígido e os ligamentos menos elásticos.
A formação do arco plantar possui grande influência genética e está relacionada
 com o grau de flexibilidade ligamentar de cada família, isto é, existem fatores 
genéticos que passam de pai para filho e que determinam o grau de
flexibilidade dos ligamentos e das articulações.
A estruturação ligamentar do pé e a formação do arco plantar se completa por
 volta dos 12 anos de idade.
No exame físico existem alguns testes simples para avaliar a gravidade do
 pé plano e se existe algum grau de rigidez articular associada. 
Exames radiológicos são complementares.
A impressão podométrica ajuda a classificar o pé plano e visualiza a forma e a 
área plantar durante o apoio.


O teste ao ficar na ponta dos pés nos auxilia a verificar a capacidade de 
correção do arco plantar e a mobilidade subtalar; assim como o teste de Jack, 
que é a correção do arco plantar quando fazemos a extensão passiva do hálux
 (dedão).



Os fatores mais importantes a serem avaliados durante o período de formação
 e estruturação do pé é a presença de DOR e a RIGIDEZ das articulações
 envolvidas.
O pé plano flexível assintomático (sem dor e sem rigidez) não é uma doença, 
é uma variação anatômica determinada geneticamente. Cerca de 10 a 20% dos
 adultos possuem pés planos (pés chatos), sendo mais comum na raça negra, 
e não ocasionando nenhum sintoma, nenhuma queixa ao portador.
Com o crescimento da criança, o pé pode vir a tornar-se sintomático 
(pé plano flexível sintomático), isto é, ocasionalmente pode vir a ocorrer dor, 
principalmente após alguma atividade física mais intensa. Isto acontece por 
fadiga, exaustão, da musculatura intrínseca do pé, forçada a sustentar e 
estabilizar um pé mais flexível durante um maior esforço.
Algumas crianças necessitam de tratamento para o pé plano flexível, 
principalmente se apresentarem sintomas de dor ou desconforto nas atividades 
diárias.
A fisioterapia e o alongamento ajudam a dar condicionamento e reforçam a 
musculatura envolvida na sustentação e movimentação do pé durante a marcha 
e para a prática de esportes.
O uso de palmilhas para sustentação do arco plantar não altera a forma e não
 vai mudar o desenvolvimento do pé. Ela simplesmente mantém o pé em uma 
posição mais confortável e mais equilibrado dentro do sapato.  
Muitas vezes melhora a dor ocasionada pela fadiga muscular.


Em raros casos, o tratamento cirúrgico é indicado quando os sintomas não 
podem ser controlados com fisioterapia, palmilhas ortopédicas e mudanças de 
calçados. A cirurgia para o pé plano flexível deve ser a última opção de 
tratamento.
Algumas doenças mais raras podem estar associadas ao pé plano, nesses casos
 existe uma maior gravidade da deformidade. Paralisia cerebral, 
mielomeningocele, neurofibromatose e síndromes como Down, Marfan, 
Ehler-Danlos e Larsen, são alguns exemplos relacionados.
                  Síndrome de Down                                                                       Síndrome de Marfan

Já o pé plano, com rigidez das articulações (pé plano rígido), pode estar 
associado com fusões ou deformidade ósseas congênitas dos pés 
(ver: Coalizão Tarsal). Nesses casos ocorre perda do movimento de inversão e 
eversão do pé (para dentro e para fora) e a dor dificulta a prática de esportes 
ou outras atividades físicas. O tratamento do pé plano rígido, na grande 
maioria das vezes, é cirúrgico.

O PÉ INFANTIL

No post anterior,falamos sobre o andador e que o mesmo pode influenciar em casos de "pé plano".
Como eu não fazia ideia do que significa isso, estou postando a respeito dos pezinhos do bebê e tentar entender um pouquinho mais!!!



clinicadospes

 
Pés na infância
 

1- O PÉ INFANTIL

O pé possui 26 ossos, 2 sesamóides, 114 ligamentos e 20 músculos. Todas essas partes estão interligadas através de tecidos conjuntivos, vasos sangüíneos e nervos, sendo todo esse complexo revestido por camadas de pele. Quando sadios, os pés garantem a sustentação e o deslocamento de nosso corpo, suportando cargas enormes durante o caminhar, a corrida e o salto sem qualquer dor ou desconforto.

A estrutura do pé infantil é bastante frágil. Ao nascer, as deformidades dos pés estão relacionadas à posição intra-uterina forçada. Apenas algumas pequenas porções do esqueleto do pé e tornozelo estão ossificadas, sendo que sua maior parte é constituída por cartilagem. Até os oitos meses de idade os ossos são relativamente largos e de contornos arredondados. O bebê passa a maior parte do tempo deitado, e nessa fase é aconselhável que esteja descalço em casa ou quando a temperatura ambiente permite.

A ossificação vai ter lugar até os seis anos de idade, quando atinge forma semelhante ao adulto. A formação final tem lugar entre os 14 e 20 anos.
As crianças até 2 anos devem ser estimuladas a andarem descalças para exercitarem a musculatura de seus pés.


2- USO DE CALÇADOS INFANTIS:
O estudo do pé infantil tem sido uma preocupação para algumas marcas de calçado infantil, porque o uso de calçado inadequado pode provocar deformações permanentes. 
O calçado deve ajustar-se corretamente no comprimento e na largura, acomodando os dedos em posição natural, permitindo os movimentos do pé. Deve existir um pequeno espaço na frente.
Escolha o tamanho de modo que entre a ponta do calçado e as pontas dos dedos haja pelo menos de 1,0 a 1,5 centímetros (uma polpa digital), para acompanhar o deslocamento do pé ao caminhar. É muito importante que os calçados tenham a forma dos pés e não que os pés se deformem para caberem nos calçados. Está demonstrado, sem sombra de dúvidas, que calçados apertados e pequenos causam deformidades nos pés.

A forma deve ter um bom encaixe do calcanhar para segurar o pé dentro do calçado, evitando fricções. Os ligamentos são bastante frouxos e elásticos, fazendo com que os pés tenham uma mobilidade e flexibilidade muito grande. A criança que já caminha precisa de uma sola um pouco mais grossa, firme e um tanto flexível para que ela possa sentir as irregularidades do chão.

A sensação destes estímulos é importante para desencadear os reflexos nervosos que vão ativar a musculatura, melhorar o equilíbrio, a postura e o desempenho funcional dos pés. Um dos problemas mais freqüentes é o chamado pé plano (pé-chato), que causa dificuldades no movimento da criança.

A criança tem tendência a formar o pé plano (é uma debilidade dos músculos e dos ligamentos que unem os ossos sobre os quais se apóia todo o corpo). Nas crianças os arcos plantares surgem por volta dos dois anos, mas consideramos normal que surjam até os 3 anos de idade.

A partir desta idade, dizemos que a criança tem pés planos da infância. Esperar que se estabeleça a tendência defeituosa para depois se corrigir, exigirá muito mais tempo; a prevenção é o caminho certo. Saltos e saltinhos prejudicam o desenvolvimento dos pés e da coluna vertebral. Evite os bicos finos, principais causadores de joanete e unha encravada. Com sapatos de solado plano, o peso do corpo fica distribuído de maneira mais uniforme pela ondulada extensão do pé. 

Com o salto alto, a pressão vai toda para o hálux, nome científico para o popular dedão. O resultado pode vir em graus diversos. Cansaço e dor são os mais costumeiros e fáceis de enfrentar.
Mas há até quem acabe sofrendo de deformidades ósseas, como joanete ou de problemas na musculatura da coxa e na curvatura lombar, sem falar nos riscos de queda, lesões dos ligamentos e luxações no tornozelo, provocados pelo equilíbrio precário do andar nas alturas. Mesmo os saltos femininos menores podem causar transtornos. Bem, os sapatos podem ser os nossos aliados num tratamento podológico, ou podem acabar com toda a nossa perícia e boa intenção em dar à pessoa o que existe de melhor em cuidados com os pés.

Sapatos foram feitos para agasalhar, acariciar os pés e jamais maltratá-los. Os calçados inadequados podem causar ou agravar problemas já existentes.


3 - USO DE MEIAS:

Quanto as meias, aconselho que as mude diariamente. Meias de algodão podem ajudar a manter os pés secos, pois absorvem a umidade. Meias de lã pesadas podem aumentar o suor. Se os pés suam muito, troque as meias duas vezes ao dia. A meia deve ser aproximadamente 2 cm mais comprida que o pé.
O ambiente quente e úmido dentro dos sapatos facilita e promove o crescimento bacteriano e fúngico na pele e unhas dos pés. O odor resulta da multiplicação desses organismos. O tratamento eficaz depende da eliminação desses agentes infecciosos. Assim, as medidas de combate ao mau cheiro, como carvão ativado e desodorante para os pés, não resolvem o problema, pois não atingem sua causa primária.
 

4 - USO DE TÊNIS,:
Após praticar esporte, por exemplo, a maceração da epiderme, com a decomposição de células epiteliais e substâncias orgânicas do suor, além de provocar desagradável odor, vai causar irritação cutânea e propiciar infecções, especialmente micoses, eczemas, pé-de-atleta e onicomicoses.
A transpiração dos pés cria condições perfeitas para que os fungos desenvolvam-se dentro do tênis, principalmente quando este acaba ficando úmido e fechado no armário após os exercícios diários ou finais de semanas, resultando em mau cheiro (chulé) que, mesmo sendo inconveniente, geralmente não recebe muita atenção.

5 - PROCEDIMENTO:

Um grande número de problemas nas unhas resulta do trauma e da compressão que se aplica sobre elas. Calçados muito curtos ou apertados, com uso exagerado em pés e dedos deformados causam, sem qualquer dúvida, lesões nas unhas.

As unhas são lâminas de queratina que recobrem as falanges e se originam da matriz ungueal. Muitos recém-nascidos têm unhas macias que se dobram e encurvam facilmente. Porém, elas não são verdadeiramente encravadas porque não entram na carne.

As unhas do pé crescem lentamente e são, de modo geral, muito moles. Não é preciso que fique tão curtas, cortá-las uma ou duas vezes ao mês é suficiente. Seu crescimento é contínuo, servindo como um elemento de proteção das pontas dos dedos.


6 PODOPATIAS MAIS COMUNS NA INFÂNCIA:

6.1  Verruga Plantar
 

São tumores epidérmicos de origem virótica causados pelo vírus classificado como HPV - Papiloma Vírus Humano. São agentes diminutos, contagiosos e invisíveis. A Verruga Plantar geralmente acontece em crianças por não terem o sistema imunológico completamente desenvolvido, localizando-se nas áreas de maior pressão, apresentando-se amareladas, pouco salientes e tendo, à primeira vista, um aspecto de calosidade (vulgo “olho de peixe”). Causam dor intensa, prejudicando o apoio do pé e dificultando o caminhar, podendo apresentar-se em um só pé, ou em ambos e, por vezes, em quantidades maiores do que uma. Conselhos úteis para os pais: evitar freqüentar piscinas ou qualquer tipo de banho público; as partes comprometidas não devem entrar em contato com outros tecidos sadios, assim, deve-se evitar o contato da verruga com os dedos ou mãos.

6.2 Pé de Atleta ou Frieira


É uma micose bastante comum, sendo que no verão, pelo calor e umidade, há possibilidade de pioras ou recidivas. É mais comum no adulto, embora se tenha notado um aumento na infância nos últimos anos, provavelmente pelo uso de tênis e meias grossas que aumentam a sudorese e a maceração dos pés.
As localizações mais comuns são as plantas dos pés e os espaços interdigitais dos três últimos dedos, sendo menos comprometidas as dobras das unhas e o dorso dos pés.

6.3  Bolhas
Acúmulo de fluído entre as camadas interna e externa da pele, devido ao excesso de fricção, usa de calçados apertados, queimaduras ocasionadas pelo frio, calor ou muito sol, doenças na pele, alergias e irritações na pele provocadas por agentes químicos. Evite furar as bolhas, pois isto aumenta a possibilidade de infecção. Não mexa na bolha por 24 horas para permitir que seja curada por si só. Elas secarão e a pele se desprenderá em uma a duas semanas. Enquanto isto, proteja a área colocando um anteparo com uma abertura no centro, sobre a bolha.

6.4 Unha Encravada
Os pacientes infantis que nos procuram apresentam problemas de onicocriptose (unha encravada), ocasionados geralmente devido ao Traumatismo ou Pressão. O traumatismo é causado por tropeções, quedas de objetos sobre a unha,  corte incorreto da unha feito com tesouras ou alicates, causando lesões. 

A pressão também ocasiona alguns problemas, pois quando é exercida por meias (pequenas ou grossas), pressionam a pele das bordas ungueais, e por calçados (quando justos, estreitos, ou de ponta fina), não só exercem pressão sobre a pele, como também sobre a placa ungueal, resultando na penetração de uma espícula (pedaço de unha) no tecido circunjacente. 

Em geral, há infecção e formação de tecido de granulação exuberante (granuloma piogênico ou carne esponjosa) avermelhada e dolorosa, que é composta por pequenos vasos capilares que recobrem o sulco ungueal, projetando-se sobre a lâmina ungueal. Essa granulação é muito sensível e, quando tocada, rompe e sangra facilmente. Devemos proceder sem que haja esforço para o desbastamento, propiciando, assim, menos risco de ferimentos.

Atenção: A Legislação Brasileira não permite ao Podólogo fazer cirurgias ou prescrever medicamentos injetáveis ou de uso interno.
Através da técnica denominada Espiculectomia (remoção da parte da unha que está encravada), usando instrumentais adequados, o podólogo é capaz de solucionar o problema facilmente.

6.5 Onicórtese
Na Podologia fazemos o uso de órteses para correção da lâmina ungueal com curvatura acentuada ou encravada. A aplicação da órtese é indolor e proporciona excelentes resultados, fazendo com que a lâmina deformada volte ao formato normal. Em paciente infantil o melhor é aplicar a Fibra de Memória Molecular, que é menos agressiva. 

7 – ALERTA
Senhores pais, não cortem os cantos das unhas (lâmina ungueal), pois assim estarão deformando e causando o encravamento das mesmas, sejam precavidos, procurem um podólogo para orientação do corte da extremidade distal da lâmina ungueal (onicotomia). Logo após o 1º mês do nascimento, a prevenção é importante para o crescimento correto das unhas.

Cuidados especiais merecem as crianças com alguma patologia, e para qualquer lesão devemos estar atentos para sinais de infecção no decorrer do processo.  As podopatias (doenças dos pés), quando tratadas a tempo, são facilmente reprimidas por um tratamento especializado, sob a orientação de um PODÓLOGO. 

Para não ter complicações, procure consultar-se com um profissional devidamente habilitado no exercício de suas atribuições. Esses registros devem estar expostos em quadros afixados na parede, dentro do gabinete podológico.

Andador põe em risco a saúde dos bebês. SERÁ?


Interessante! Fiquei surpresa com essa postagem do site folhape, não sei se é verdade, mas nesse 1 mês que minha filha esta usando o andador, notei de fato que quando a coloco em pé ela fica na ponta dos pés!
As vezes a deixo o dia todo sem o andador, mas ela reclama muito, adora andar pela casa atrás de mim, puxando as roupas do varal ou o vestidinho do meu botijão de gás! Será uma pena, apesar de que o nosso pediatra nada falou a respeito.


Basta dar os primeiros passos e a empolgação toma conta. São poucos os prazeres na vida que podem ser comparados a assistir um bebê dar seus passinhos, mesmo que curtos, ainda com pouco jeito. São essas passadas irregulares que levam sorrisos ao rosto de qualquer mãe. Mas qual o preço que pode ser pago em querer antecipar o processo natural?

Como tudo na vida, o aprendizado passa por etapas que respeitam a evolução de cada um. Algumas crianças engatinham mais rápido, outras falam de tudo, enquanto há as que conseguem observar, atenciosamente, tudo o que acontece ao redor, absorvendo informações. Na pressa de ver seu filho andar e dá-lo maior independência, muitos pais optam pelo andador, um equipamento de rodinhas que permite a criança, mesmo antes da fase de começar a andar, a conseguir sua locomoção com facilidade. Mas o que parece ser interessante, pode virar tragédia.

Como os bebês ainda não criaram maturidade física e mental para andar onde quiser e tocar no que bem entender, a tendência é que o risco de acidentes cresça notavelmente. A começar pelas pequenas quedas, que podem se transformar em grandes riscos. Como a cabeça do bebê é desproporcionalmente pesada em relação ao corpo, algo natural da evolução física, cria-se uma facilidade de criar velocidade e perder um pouco o controle. 

Caso a roda prenda em algum objetivo, o andador vira facilmente e a primeira parte a tocar o chão é a cabeça, que ainda é muito frágil. E o acidente pode ser ainda pior. Uma queda de escada ou qualquer nível mais alto pode tornar a queda fatal, assim como em piscinas. Além disso, a liberdade ganha pelo bebê o torna mais apto a pegar objetos que não deveriam. São os casos de panelas nos fogões, facas, venenos, produtos tóxicos e tantos outros.

Outro malefício é que no andador a criança toca o chão apenas com as pontas dos pés, podendo causar atrasos na formação dos arcos plantares contribuindo para o pé plano, além de alterações ósseas nos pés. Outra região também afetada são os quadris que, por sua posição de encaixe na calça do andador, poderá levar a deformações.

O andador dá uma falsa sensação de liberdade e estímulo adequado à criança. Mas, pelo contrário, contribui para atrasos no equilíbrio, coordenação motora fina, esquema corporal e orientação espacial, pois os limites físicos do andador impedem que a criança explore o ambiente e o autoaprendizado do conhecimento corporal.

Por esses motivos, o andador está proibido em países como o Canadá. Nos Estados Unidos, há um movimento crescente em prol de também proibir esse equipamento.
No Brasil, o andador ainda é muito comum. Por falta de informações, não são poucos os pais que acreditam nos benefícios ilusórios do andador. Na contramão desse pensamento, a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), que conta com 16 mil profissionais de todo o País, iniciou no mês de janeiro passado uma campanha nacional para tentar acabar com o uso dos andadores de bebês. Segundo a entidade, o equipamento é inútil para o desenvolvimento infantil e, para agravar, pode ocasionar sérios acidentes. A SBP acredita que as crianças devem exercitar os músculos e deve-se respeitar o crescimento natural.


*Pediatra do Hapvida Saúde

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Cuide bem das suas mamas

Vi essa postagem e no mesmo momento me lembrei dos meus leitores! =D
bebe.abril
Incrementei com algumas fotos a+!



Há uma série de cuidados com os seios que você pode adotar antes mesmo de o bebê nascer e começar a mamar. Saiba quais são as medidas
Que tal anotar numa caderneta todas as dúvidas que estão passando pela sua cabeça neste exato momento? Assim, você não vai se esquecer de perguntá-las ao obstetra na próxima consulta do pré-natal. De quebra, vai tirar um monte de preocupações da frente. Por falar em dúvidas, levantamos algumas das questões mais comuns sobre os cuidados com os seios durante a gravidez. Confira as respostas.

1. Quando o sutiã de sustentação deve ser usado?

Procure usar essa peça durante o dia e à noite. Pode parecer exagero, mas esse cuidado evitará que os seus seios fiquem flácidos depois que o bebê nascer e quando você começar a amamentar. "Um dos primeiros sinais da gravidez é o crescimento das mamas. Por isso, elas precisam, o quanto antes, de uma boa sustentação", observa a enfermeira Márcia Regina da Silva, coordenadora do curso de gestantes do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo, e jurada do II Prêmio SAÚDE!.

2. Existem restrições a cremes e sabonetes?

Sim. Use apenas água para lavar o mamilo e a aréola. Na hora de aplicar hidratantes ou produtos que previnem estrias, não besunte essa parte do seio. Ali, a pele é mais delicada e, em contato com cremes ou sabonetes, vai perder sua proteção natural. Sem esse cuidado, o resultado aparecerá mais adiante, depois da gravidez, na forma de incômodas rachaduras que podem dificultar a amamentação.

3. Esfregar buchas e toalhas nos mamilos vai deixá-los mais resistentes?

Não. Ao contrário do que muita gente pensa, esse procedimento apenas favorece o aparecimento de lesões. O mamilo é resguardado naturalmente pelas glândulas de Montgomery, pequenos nódulos que surgem nas aréolas durante a gravidez. "São elas que lubrificam e protegem essa parte do seio", explica a consultora em amamentação Lívia Teixeira, do Consultório de Aleitamento Materno, em Salvador. Friccionar uma esponja ou toalha ali jogará por água abaixo toda essa proteção, além de aumentar o risco de fissuras durante o aleitamento.

4. É recomendável fazer exercícios para os seios?

Não. Segundo a consultora em amamentação Lívia Teixeira, além de causar dor, torções ou puxões nessa área são ineficazes. Essas técnicas apenas causam mais estresse para a mulher, alerta.

5. Banhos de Sol são benéficos para os mamilos?

Sim. Os banhos de sol são indicados para prevenir as rachaduras nos mamilos durante a amamentação. E não precisa esperar o bebê nascer para adotar esse cuidado. Escolha um horário apropriado, no início da manhã ou no fim da tarde, e não deixe a pele exposta por mais de 15 minutos.

sábado, 4 de maio de 2013

Engatinhar



Engatinhar

O ato de engatinhar ajuda a fortalecer os músculos do bebê para que depois seja capaz de andar, e é o primeiro modo de se locomover por conta própria. O jeito tradicional de engatinhar exige que a criança aprenda a se equilibrar apoiando-se nas mãos e nos joelhos, e perceba que pode balançar para frente e para trás. Em seguida, ela vai descobrir como usar os joelhos para avançar ou dar marcha a ré. 

Quando acontece

A maioria dos bebês aprende a engatinhar entre os 6 e os 10 meses. Mas há crianças que nem chegam a engatinhar: preferem rolar, "minhocar" com a barriga no chão, arrastar-se sentadas ou passar direto para ficar de pé com apoio e andar. O que interessa é sair do lugar, não importa como. 

Como acontece

O bebê normalmente começa a engatinhar depois que já consegue ficar sentado sem apoio com facilidade, coisa que na maior parte dos casos acontece por volta dos 6 ou 7 meses de idade. Nessa etapa, a criança consegue sustentar a cabeça para observar o ambiente à sua volta, e os braços, pernas e músculos das costas são fortes o suficiente para impedir que ela caia no chão quando ficar de quatro. 

Ao longo dos meses seguintes, seu bebê vai aprendendo aos poucos a passar da posição sentada para a de quatro, e logo percebe que dá para se balançar assim, desde que esteja com os braços esticados e o tronco paralelo ao chão. 

Em algum momento, em geral perto dos 9 ou 10 meses, ele se dá conta de que se mexer o joelho vai conseguir o impulso necessário para sair do lugar. Conforme vai se aperfeiçoando na técnica, aprende a fazer o caminho contrário e passar da posição de engatinhar para a posição sentada. Também vai dominar a arte de engatinhar com o chamado padrão cruzado: avançar ao mesmo tempo com o braço de um lado e a perna do outro, em vez de usar os dois membros do mesmo lado. Depois disso, é só uma questão de prática -- até 1 ano de idade, a criança costuma ser uma excelente engatinhadora. 

Se seu bebê engatinha de marcha a ré, ou pula como um sapinho (apoiado no bumbum e com uma perna para a frente, dando pequenos saltos), parece uma minhoca pela casa ou simplesmente não quer nem saber de engatinhar, só de andar, não esquente a cabeça. Desde que ele esteja se locomovendo, não importa a maneira, não há com o que se preocupar. 

O que vem pela frente

Depois que seu filho estiver engatinhando bem, só vai faltar mesmo andar para que ele tenha total mobilidade. Para isso, ele vai começar a se segurar em tudo o que conseguir alcançar para ficar de pé, seja a mesinha de centro ou a perna da avó. Quando perceber que consegue se equilibrar sobre os pés, estará pronto para passar de apoio em apoio, circulando pela casa segurando nos móveis, e aí é só uma questão de tempo para ele começar a andar, correr, pular e saltitar por aí. 

O que você pode fazer

Assim como quando ele estava aprendendo a esticar o braço e segurar as coisas, a melhor maneira de incentivar o ato de engatinhar é colocar brinquedos e outros objetos do desejo -- até você mesmo -- à vista do bebê, mas fora do alcance dele. Também dá para usar coisas como almofadas, caixas e outros objetos para criar caminhos interessantes para o bebê percorrer. O exercício vai ajudá-lo a ficar mais confiante, além de reforçar sua velocidade e sua agilidade. Mas não o deixe brincando sozinho na "corrida de obstáculos" -- se ele ficar preso debaixo de um almofadão, pode se assustar ou se machucar. 

Um bebê que engatinha já tem um grande potencial de aprontar. Verifique se sua casa está segura para ele, e dedique atenção especial a escadas. Seu filho vai idolatrar escadas, mas é melhor mantê-lo longe delas enquanto ele não tiver dominado completamente a técnica de engatinhar (normalmente por volta dos 12 meses). Mesmo depois disso, as expedições da criança à escada só devem acontecer sob uma supervisão atenta. 
Você ainda não precisa investir muito em sapatos. Seu filho só vai precisar usar sapatos ou sandálias regularmente quando tiver aprendido a andar. 

Quando se preocupar

Os bebês desenvolvem cada habilidade em ritmos diferentes, algumas mais rápido que outras, mas, se seu filho chegar a 1 ano de idade sem ter demonstrado nenhum interesse em se locomover (seja se arrastando, engatinhando ou rolando), não tiver descoberto como mexer os braços e as pernas num movimento sincronizado ou não usar os dois braços e as duas pernas da mesma maneira, mencione o fato para seu pediatra. Não esqueça que bebês que nasceram prematuros podem atingir esse e outros marcos do desenvolvimento vários meses depois que as outras crianças da mesma idade.

http://brasil.babycenter.com/a1500058/marcos-do-desenvolvimento-engatinhar#ixzz2SLvwVeHX

Nosso 7º mês. Mamãe e bebê.

Minha Yukari logo completará 8 meses, e eu ainda não havia postado sobre o 7º mês do bebê! =(
Tenho uma boa "desculpa" por esse atraso, é que foram tantas as novidades que acabei deixando pra depois e só foi "sair" o post hoje!!!
"Antes tarde do que nunca,não é mesmo?!"

No final de fevereiro, Yuyu tinha 5 meses quando começou a se virar ficando de barriga pra baixo na cama sozinha! Não aguentava ficar muito tempo, logo se cansava e afundava a cabeça na cama, tirando o meu sono pois ela acabava se sufocando!
Não demorou muito ela aprendeu a virar o rostinho quando se cansava de ficar com a cabeça erguida. Algumas semanas depois, o tempo que ela conseguia ficar de bruços triplicou!
Logo descobriu que conseguia sair do lugar sozinha,estava engatinhando porém em marcha Ré!kkkkkkkk

Nesse mês 04( ela está com 7 meses), começou o Gu-gu-Dá-dá, liiindo!
Apareceu um dentinho

Uma titia(de coração) veio nos visitar e trouxe um mega presente!
Um andador!!!!! =D
Yukari amou,claro!!!
Hoje ela já anda pela casa inteira com esse andador! kkkkkkkkk
Nesse mês também ela já consegue segurar objetos,inclusive mamar sozinha! =D
O novo melhor amigo da yuyu agora é o ursinho que o papai comprou quando ela tinha apenas 1 mês!
Agora a última novidade é o gosto dela por dormir de bruços!
Acordo no meio da noite,vou dar uma olhadinha nela e olha so como a bonita esta...
Atualmente estamos com dificuldades com relação ao horário de sono, 3:00 da madrugada é pouco para ela ir dormir e 12:00 é cedo para acordar!
Ela acorda apenas para mamar e cai no sono novamente!
Esta sendo maravilhoso ficar esse tempo com a minha princesinha,pena que o seguro desemprego dura apenas 4 meses! =(

Pediatra liberou as sopinhas,as frutinhas e a mamãe liberou geral!!kkkkkkk
Tudo oque estou comendo ou bebendo(não alcoólico,claro!) dou sempre um pouquinho pra ela!
Descobrimos que ela adora mamão(adora meeesmo).
Os legumes ela comeu todos os que ja dei,principalmente abóbora!
Frutas ela não curte muito não,mas a mamãe dá uma forçadinha!
Macarrão ela adora!
Feijão,nem se fala!!!rsrs

Atualmente ela descobriu que consegue ficar "de 4".
Fica de 4 e se joga pra frente ate conseguir chegar aonde quer!!!
Ou seja,aprendeu a engatar a primeira marcha! =D
Esta aprendendo a engatinhar porém pulou a parte do "sentar".
Adora brincar com tudo oque não pode, morder os fios do pc, vive querendo pegar o ventilador...
É sem sombra de dúvidas, uma benção!!!
Amo demais essa minha princessinha!!!

Esse foi o nosso 7º mês! =D

Mamãe Wellen
Baby Yukari

Bebê de 7 meses


brasil.babycenter


Pula, pula

O bebê consegue apoiar o peso nas pernas por curtos períodos e adora pular. Além disso, ele provavelmente senta sem apoio (o que libera suas mãozinhas para explorar o mundo) e já tenta virar quando está nessa posição para pegar algum objeto. Algumas crianças, quando colocadas de bruços, chegam até a estender os braços para se sentar sozinhas. 

Aprendendo a segurar

A chamada coordenação motora fina do seu bebê também está se aprimorando. A esta altura, ele provavelmente passa coisas de uma mão para a outra com facilidade e pode até conseguir segurar um copinho especial para crianças com as duas mãos juntas (e seu auxílio). Em pouco tempo, você vai reparar que o barulho em casa aumentou, não só porque o bebê emite mais sons, mas também porque ele terá descoberto a graça de bater uma coisa na outra. 

Para ajudar no desenvolvimento da coordenação motora fina, coloque um brinquedo ou algo interessante fora do alcance do bebê e observe como ele vai tentar pegá-lo. Se por um acaso seu filho começar a chorar porque não consegue alcançar, continue a encorajá-lo com tranquilidade, sem, contudo, entregar o objeto. A criança está simplesmente expressando frustração e vai acabar se tornando mais confiante em termos físicos se você não facilitar demais as coisas. Depois de algumas tentativas, o bebê vai se inclinar e, em seguida, voltar à posição inicial. Isso plantará uma semente para que ele comece a se balançar para a frente e para trás sobre as mãos e os joelhos, num incentivo para engatinhar ou rolar para se locomover por conta própria. É bom que a criança esteja usando roupas confortáveis para facilitar tarefas como essa. 

Dentição

Embora a dentição do bebê possa já ter se iniciado (na média, esse processo começa com 5 ou 6 meses de idade, mas pode ocorrer somente aos 12, dependendo da herança genética), provavelmente agora você vai visualizar os dois dentes incisivos inferiores, depois os superiores e, posteriormente, os dois laterais. E não se espante, nem se preocupe, se a sequência do nascimento dos dentes não for a "tradicional" ou se entre alguns dentes ficar um espaço; muitas vezes, os dentes irrompem a gengiva em ângulos esquisitos, ocasionando tais espaços, que tendem a diminuir após todos os 20 dentes-de-leite terem aparecido. Com a dentição, esteja pronta para ainda mais baba e sons novos, à medida que seu filho se adapta às novidades na boca dele. 

Autoridade em xeque

Você já deve ter se pegado explicando para seu filho que telefone não é brinquedo. Nesta fase, a criança começa a testar a autoridade dos pais, recusando-se por vezes a cumprir o que lhe é dito. Quando ela reage negativamente, não ache que está sendo desobediente ou teimosa -- está apenas curiosa. A curiosidade é um importante instrumento para o aprendizado e deve ser sempre estimulada. Outra coisa é que a memória dela às vezes só dura alguns segundos. A melhor tática é falar "não" e depois distraí-la com outra atividade. 

Início da "ansiedade de separação"

Se o seu bebê demonstra certa ansiedade quando está longe de você durante o dia, isso aumenta mais ainda na hora de dormir. Quando acorda durante a noite, mesmo que brevemente, seu filho sabe que você está por perto e não hesita em tentar chamar sua atenção. Você provavelmente fica dividida entre a vontade de reconfortá-lo ou levá-lo para a sua cama e a preocupação com aquelas famosas teorias de que agindo assim você vai "estragá-lo". A verdade é que dar colo para a criança de vez em quando -- não sempre -- não faz mal a ninguém. Quando a ansiedade de separação estiver menos intensa, você pode tentar ensiná-la a dormir sozinha de novo. E há famílias que optam por dormir sempre todo mundo na mesma cama. Se a decisão agradar a todos os envolvidos, é sempre uma possibilidade, mesmo indo contra a orientação de boa parte dos profissionais (psicólogos, psiquiatras e pediatras) no Brasil. 

A relutância do bebê em se separar de você pode até criar uma sensação boa, de confiança, mas também traz problemas para você. Assim, para que você consiga fazer outras coisas quando está em casa, experimente ter por perto uma caixa com os brinquedos do seu filho, a fim de mantê-lo um tempinho distraído, mas por perto, enquanto você faz o que precisa. 

Captando a mensagem

O bebê participa ativamente de brincadeiras de esconder, além de perceber sutilezas no tom de sua voz. Ele poderá até abrir um berreiro se você for mais ríspida. 

Compreensão de como os objetos se relacionam

Seu filho está começando a entender a relação de um objeto com o outro em um espaço tridimensional. Com essa habilidade, ele passa a observar os brinquedos e consegue agrupar bloquinhos por tamanho, por exemplo. Se ele estiver olhando num espelho e de repente você aparecer por trás, é provável que se vire, em vez de achar que você está dentro do próprio espelho. 

Você já deve ter reparado que a simples brincadeira de esconder seu rosto com as mãos e depois dizer "Achou!" é fascinante para o bebê. Ele adora que pessoas ou objetos apareçam e desapareçam. Um ótimo jeito de manter seu filho de 7 meses ocupado é esconder algo embaixo de um pano para que ele possa descobrir. 

Desenvolvimento pela brincadeira

As crianças gostam de situações previsíveis, por isso seu filho se diverte com infinitas repetições da mesma coisa. Além de brincadeiras de esconder (veja acima), tente estimulá-lo também com interações como a contagem dos dedos a partir do "dedo mindinho, seu vizinho...". 

Nesta fase, os bebês costumam gostar de bichos de pelúcia de qualquer tamanho. Um deles provavelmente vai acabar sendo o objeto de segurança "eleito" (chamado de transicional, em termos técnicos) e, em pouco tempo, ficará coberto de baba. Ao comprar novos bichos para a coleção do seu filho, procure os mais macios, bem costurados e de preferência laváveis. Outros bons brinquedos para esta etapa do crescimento são bolas, cilindros que se encaixam um no outro, caixinhas com objetos que pulam para fora quando abertas e bonecos grandes. 

Há bem pouco tempo era fácil tirar um brinquedo das mãos do seu bebê, mas agora essa tarefa fica mais complicada, e ele poderá protestar em alto e bom som. 

Será que o desenvolvimento do meu filho é normal?

Lembre-se, cada bebê é de um jeito e atinge certos marcos de desenvolvimento físico no seu próprio ritmo. O que apresentamos são apenas referências de etapas que seu filho tem potencial para alcançar -- se não agora, em pouco tempo. 


Caso seu filho tenha nascido prematuro, é provável que você observe que ele leva um pouco mais de tempo para fazer as mesmas coisas que outras crianças de idade similar. Não se preocupe, a maioria dos médicos avalia o desenvolvimento de um prematuro conforme a idade corrigida e acompanha seu progresso levando isso em conta. 

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tuasaude

Alimentação do bebê com 7 meses


A alimentação do bebê entre aos 7 meses é muito importante e nesta fase o almoço deverá ser composto por papinha com carne picada ou desfiada, cereais e legumes amassados com o garfo e não liquidificados, e como sobremesa fruta amassada ou cozida.
É natural que o bebê enquanto se adapta à nova alimentação não coma muito bem durante uma refeição mas não é aconselhável oferecer alimentos nos intervalos, para que tenha fome e possa comer com qualidade na próxima refeição. Nesta fase o bebê deverá receber 4 ou 5 refeições por dia, dependendo do volume que a criança come já que refeições mais volumosas implicam um intervalo maior entre elas.
Exemplo do dia alimentar ideal do bebê : 6:00 am- mamadeira ; 10:00 am-iogurte ou fruta cozida; 13:00 pm-almoço e sobremesa; 16:00 pm-papa mingau com fruta; 19:00 pm-jantar e sobremesa; 23:00 pm-mamadeira
Deve existir uma rotina para que o bebê comece a se integrar na rotina da casa, embora os horários das refeições devam ser flexíveis.

Gu-gu-Da-da

Aos 7meses minha filha começou a balbuciar as primeiras "palavrinhas".
O famoso Gu-gu-gu,da-da-da...
Então vamo para mais um post.
Dr Drauzio Varella faz perguntas a respeito da fala das crianças e a dra Rejane Rubino responde todas as dúvidas.
drauziovarella



PROBLEMAS DA FALA NA CRIANÇA


Rejane Rubino é fonoaudióloga e professora do curso de Fonoaudiologia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Os pais olham os filhos sempre com muito orgulho. Na maioria das vezes, acham que eles têm desenvolvimento mais rápido e são mais espertos do que o das outras crianças. Mas, quando o filho apresenta alguma dificuldade para falar ou desenvolve essa habilidade mais lentamente, ficam ansiosos. Se essa ansiedade não é boa para eles, é péssima para a criança que aí, sim, poderá apresentar problemas em relação à fala.
O ser humano demora alguns anos para dominar perfeitamente o mecanismo da fala. Alguns o fazem mais depressa; outros, mais devagar. Não existe data precisa para determinar a normalidade desse processo que envolve uma série de aspectos orgânicos e psíquicos. Qualquer dúvida que surja a respeito do desenvolvimento da fala na criança deve ser esclarecida para evitar o agravamento da situação.
DESENVOLVIMENTO NORMAL DA FALA
Drauzio – Qual é o desenvolvimento normal da fala na criança, das primeiras sílabas até a formação de frases completas?
Rejane Rubino – Em termos de tempo, existe uma variabilidade muito grande. Aquilo que se considera normal não pode ser demarcado por um ponto fixo, mas por algo que comporta variação. Pesquisas mostram, por exemplo, que uma criança de 16 meses pode falar 150 palavras, enquanto outra da mesma idade não fala nenhuma palavra ainda, o que não significa que esta última apresente um problema de linguagem, porque a questão do tempo variável tem peso significativo.
É importante notar que inicialmente a criança produz vocalizações que são tomadas pela mãe e pelo pai como fala, quer dizer, a criança é interpretada como se fosse um falante antes mesmo de começar a falar.
Drauzio – Que tipo de vocalizações são essas?
Rejane Rubino – Essas vocalizações caracterizam-se pela emissão prolongada de uma vogal – aaaaa, por exemplo – ou até mesmo de sons que não serão produzidos mais tarde quando a criança for falante da língua. Depois, isso vai se transformando num balbucio que se caracteriza pela reduplicação de sílabas (babá, mamã), e que se aproxima da estrutura silábica da língua.
Drauzio – Essas reduplicações costumam ocorrer em que faixa etária?
Rejane Rubino – Elas estão presentes após os seis meses de idade. O importante é que o adulto vai tomá-las como palavras. Em geral, quando as mães dizem que o filho começou a falar porque nesse balbucio emitiu um som próximo de “mamã”, por exemplo, na verdade, ele ainda não está falando. No entanto, o fato de o adulto tomar aquilo como fala é fundamental para que ele venha a falar. A criança depende dessa interpretação para tornar-se um falante ativo.
Drauzio – Em que nível está a fala da criança com um ano aproximadamente?
Rejane Rubino – A partir dessa fala interpretativa que pai e mãe fazem, a criança vai tomando alguns fragmentos que irão reaparecer em situações parecidas às que foram faladas pelos pais. Portanto, a primeira fala tem natureza bastante imitativa. A criança repete fragmentos ditos pelo adulto que continua interpretando sua fala. Então, ela fala “nenê” e o adulto completa: “Você viu que nenê bonito?”. Esse movimento de tomar aquele pedacinho de fala e colocá-lo no contexto da língua imprime caráter gramatical à fala da criança. Esse processo de aquisição de uma gramática estruturada leva uns quatro anos, embora varie de uma criança para outra.
INTERFERÊNCIA DA ANSIEDADE PATERNA
Drauzio – Às vezes, os pais ficam aflitos porque a criança de um ano não fala e não sabem que isso pode fazer parte do desenvolvimento normal do filho, não é?
Rejane Rubino – Os pais, às vezes, comparam um filho com o outro e concluem que o mais velho na mesma idade já falava, embora nem sempre entendessem o que dizia, enquanto o menor não fala nada. Costumo dizer, quando isso é motivo de grande preocupação, que eles devem ser orientados, porque essa ansiedade pode dificultar ainda mais o processo da fala infantil, na medida em que passa para a criança a imagem de que deveria estar fazendo alguma coisa que ainda não consegue fazer.
Na clínica, é importante avaliar o modo como os pais falam sobre esse atraso. Às vezes, eles estabelecem relações entre essa demora para falar (que pode nem ser uma demora de fato) com outras histórias da vida da criança e da história deles mesmos. É importante trabalhar para que a ansiedade da família se dissipe e, se realmente houver um problema, começar o tratamento precocemente.
ORIENTAÇÃO AOS PAIS E CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO
Drauzio – Que tipo de conselhos você dá aos pais ansiosos e que critérios estabelece para diagnosticar um real problema de linguagem?
Rejane Rubino – Existem alguns fatores que precisam ser examinados. Muitas vezes a criança ainda não fala, mas mostra sinais de que a linguagem está se organizando dentro dela. Um exemplo é a maneira como ela brinca. Se não fala, mas pega uma boneca, coloca-a para dormir, tira-a da cama, finge que a alimenta e lhe dá banho, apesar do silêncio, a linguagem está presente. É como se houvesse uma espécie de narrativa, evidenciada por eventos encadeados. No entanto, se a criança não consegue estruturar uma brincadeira, pega um brinquedo e larga para pegar outro que também deixa de lado, os pais precisam ficar atentos a esse modo de reagir.
Outro fator a considerar é o efeito da fala do outro na criança. Se ela atende a fala de terceiros, não há motivo para maiores preocupações, o que não acontece quando reage como se nada do que ouvisse tocasse nela.
Há, então, elementos que se usam na avaliação de linguagem para diferenciar o atraso que requer atendimento da simples demora para falar, uma vez que é praticamente impossível fixar uma idade exata em que essa demora deixa de ser normal.
FALAR ERRADO
Drauzio – E aquelas crianças que falam de um jeito que só as mães entendem?
Rejane Rubino – Isso aponta para outro quadro que não é o atraso da linguagem. A troca de fonemas, por exemplo, que em fonoaudiologia é chamada de desvio fonológico ou distúrbio articulatório, é um desses casos. Em vez de falar “carro” a criança fala “calo”; em vez de “vaca”, fala “faca”. Além das trocas, pode ocorrer também a omissão de sons.
Embora esteja estabelecido que em torno dos quatro anos de idade a criança deva estar com o sistema de sons da língua adquirido e estabilizado, existe certa margem de variação dentro dos limites da normalidade.
Há pais que trazem a criança com essa idade, preocupados porque ela fala errado a ponto de as pessoas de fora não entenderem o que diz.  Isso demanda análise cuidadosa para verificar que sons a criança não produz ou troca por outros a fim de determinar a necessidade de atendimento ou de esperar mais um pouco, pois ela está em fase final de aquisição da linguagem. Por exemplo: ela já fala razoavelmente bem todos os sons da língua com exceção do r duplo e dos encontros consonantais (fala “Basil” em vez de “Brasil”), em geral os últimos a serem adquiridos. Entretanto, mesmo antes dos quatro anos, pode ocorrer uma desorganização nos sistema de sons que merece o cuidado precoce do fonoaudiólogo.
Drauzio – Você poderia dar um exemplo disso?
Rejane Rubino – Há crianças que omitem sistematicamente os fonemas oclusivos velares, o /k/ de “cola” e o /g/ de “gola” e isso lhes causa incômodo e sofrimento. Lembro-me de que atendi uma menina cujo apelido era Cacá. Quando lhe perguntavam qual era seu nome, ela dizia A-á. As pessoas não entendiam, perguntavam de novo, ela repetia, mas não se fazia entender. A impossibilidade de dizer o próprio nome de maneira inteligível perturbava suas relações sociais. Num caso como esse, indica-se o atendimento mesmo antes dos quatro anos para evitar constrangimentos para a criança.
Ela se chamava Carolina e produzir o fonema /k/ fez uma enorme diferença em sua vida. O dia em que saiu da sessão falando Cacá, estava exultante. É através da fala que as pessoas se apresentam para o mundo. Não poder pronunciar corretamente o próprio nome é algo angustiante para a criança.
GAGUEIRA OU DISFLUÊNCIA
Drauzio – Tenho a impressão de que existem menos crianças gagas atualmente. Estou errado?
Rejane Rubino – Não saberia esclarecer a questão da frequência da gagueira, mas acho que é importante chamar atenção para o seguinte: certo grau de disfluência, ou gagueira, é normal na fala de todos nós e, muitas vezes, nem nos damos conta dele. Em relação à infância, há uma disfluência da fala descrita como normal que faz parte do processo de aquisição da linguagem e tende a desaparecer sozinha. Isso está relacionado com o momento em que a criança passa a produzir as próprias sentenças e tem de escolher uma palavra depois da outra. É como se estivesse diante de várias portas e estancasse hesitando por qual caminho deverá seguir. Isso não é ruim e mostra um movimento da criança na própria aquisição da linguagem.
É claro que o grau de disfluência varia de criança para criança assim como varia a preocupação das famílias. É freqüente pais levarem o filho ainda pequeno que gagueja um pouco para uma consulta com o fonoaudiólogo porque temem que ele seja gago.
Diante de uma hesitação normal, é preciso alertar os pais de que, se a reação deles for tranqüila, o problema da criança vai sumir naturalmente. Por que é importante dizer isso? Porque o modo como os pais lidam com essa fala disfluente pode criar uma autoimagem de mau falante na criança e levá-la realmente à gagueira. Quando ela começa a falar e para e o adulto interfere com dicas sobre a melhor forma de falar sem gaguejar (“pense a sentença toda antes de falar”, “respire fundo”, “fale devagar”), está brecando a fala da criança e criando uma tensão que ainda não existia. Por isso, é importante que os pais busquem orientação sobre a melhor forma de lidar com a disfluência dos filhos para não agravar um quadro que pode passar naturalmente.
Drauzio – A partir de que idade, os pais devem preocupar-se com a gagueira dos filhos?
Rejane Rubino – Eu diria que a partir dos quatro anos, aproximando-se dos cinco, porque nesse momento a criança percebe a própria disfluência e a reação que provoca nos outros.
A gagueira normal tende a diminuir a partir dos três anos e não incomoda nem inibe a criança. O problema começa quando ela evita falar em certas situações ou com determinadas pessoas e se recusa a pronunciar algumas palavras. Isso mostra que está criando mecanismos na tentativa de escapar da disfluência, o que agrava mais ainda o problema.
AVALIAÇÃO DOS FONOAUDIÓLOGOS
Drauzio – Em que os fonoaudiólogos se baseiam para dizer que determinado comportamento em relação à fala é normal ou merece cuidados?
Rejane Rubino – Sempre se inicia por uma entrevista com os pais na qual colocam por que estão procurando atendimento e contam a história da criança. Num segundo momento, o contato é com a criança. Há profissionais que optam por aplicar testes. Eu prefiro sessões livres e lúdicas. O material é gravado, transcrito e analisado para levantar erros e dificuldades que possam estar cristalizados, sintomas de um distúrbio que a criança apresenta e precisa de ajuda para superar.
Drauzio – Esses erros costumam ser sistemáticos ou aleatórios?
Rejane Rubino – Os erros da fala costumam ser sistemáticos, não no sentido de que sejam fixos, mas no sentido de que mostram uma sistematicidade própria da linguagem. Por exemplo, a criança que fala “faca” em vez de “vaca” vai trocar todos os fonemas sonoros pelos surdos. Ela vai falar “cassa” em vez de “casa”, “cato” em vez de “gato”, etc., porque isso é uma lógica própria do sistema de sons da língua. Nesses casos, não se trabalha com os sons isoladamente, mas com a oposição de sons surdos e sonoros, mexendo com todo o sistema fonológico da criança.
Drauzio – Isso pressupõe uma avaliação bem cuidadosa, não é?
Rejane Rubino – Bem cuidadosa. É preciso descobrir que sons são trocados, qual a relação existente entre eles, além de analisar outros fatores para escolher o melhor caminho para trabalhar com aquela criança especificamente.
LÍNGUA PRESA, LÍNGUA SOLTA
Drauzio – E os casos de língua presa, como são encaminhados?
Rejane Rubino – Aquilo que popularmente chamamos de língua presa, nada tem a ver com língua presa mesmo. Recentemente, foi publicada uma reportagem dizendo que o presidente Lula não tem língua presa, tem língua solta. Na verdade, o que ele, assim como outras pessoas têm, é uma projeção frontal da língua, resultante da flacidez ou hipotonia desse órgão. O ceceio característico de sua fala é provocado pelo mau posicionamento da língua, quer dizer, ela não fica contida no espaço nem na posição correta para assegurar o tônus adequado.
A língua presa, em contrapartida, está afixada na boca por uma prega que limita seus movimentos. Um bebê com língua presa pode ter dificuldade para mamar no seio da mãe, por exemplo. Por isso, às vezes, é necessário fazer uma pequena incisão para liberar os movimentos linguais.
Drauzio – Existem exercícios para reduzir os efeitos da hipotonia da língua?

Rejane Rubino  – Existem, sim. Gostaria de ressaltar que o desenvolvimento da musculatura orofacial utilizada para a fala tem relação bastante próxima e forte com funções como sucção, mastigação, deglutição e respiração. Assim, o ideal seria o bebê mamar no seio materno, mas nem sempre isso é possível. Alimentado na mamadeira, é importante que ele faça força para sugar. Muitas vezes, preocupadas com o ganho de peso da criança, as mães cortam o bico e o leite jorra sem o bebê fazer esforço algum. Mesmo que o bico seja ortodôntico e o furo pequenininho, sugar no peito demanda força muito maior.
O movimento de sucção propicia o crescimento adequado das estruturas ósseas, das mandíbulas e desenvolve o tônus adequado da musculatura que vai ser empregada na fala.
O mesmo princípio deve ser observado na passagem para a alimentação sólida. Não é raro receber no consultório uma criança a quem a mãe só oferece alimentos macios e pastosos, apesar de já ter idade para aceitar a alimentação dos adultos. Às vezes, as pessoas perguntam: “Quer dizer que o modo como meu filho come interfere no modo como ele fala?”. Sim, interfere e muito.
Outro cuidado importante é observar como a criança respira. Se respira pela boca, é bom levá-la ao otorrino para uma avaliação, já que a respiração bucal pode estar relacionada com a flacidez da musculatura e língua mal posicionada.
APRENDENDO MAIS DE UMA LÍNGUA
Drauzio – Teoricamente, a criança nasce com uma circuitaria cerebral que permite aprender a falar qualquer uma das centenas de línguas que existem.
Rejane Rubino – Elas são capazes de produzir quaisquer sons, mesmo aqueles inimagináveis depois que aprendemos a falar uma língua.
Drauzio – E as crianças que têm pais de nacionalidades diferentes e aprendem duas línguas. Isso resulta em alguma desvantagem?
Rejane Rubino – Existem estudos que estabelecem certa relação entre a possibilidade de problemas de linguagem e o bilinguismo, mas já vi dezenas de crianças crescendo em situação bilíngue sem nenhum problema.
Alguns pais optam por colocar os filhos em escolas estrangeiras, porque acham vantajoso aprender mais de uma língua. Se a criança, porém, manifesta algum distúrbio de linguagem tal atitude pode provocar embaraços, uma vez que ela se vê diante de uma língua estranha quando nem domina a língua materna.