sábado, 11 de maio de 2013

Andador põe em risco a saúde dos bebês. SERÁ?


Interessante! Fiquei surpresa com essa postagem do site folhape, não sei se é verdade, mas nesse 1 mês que minha filha esta usando o andador, notei de fato que quando a coloco em pé ela fica na ponta dos pés!
As vezes a deixo o dia todo sem o andador, mas ela reclama muito, adora andar pela casa atrás de mim, puxando as roupas do varal ou o vestidinho do meu botijão de gás! Será uma pena, apesar de que o nosso pediatra nada falou a respeito.


Basta dar os primeiros passos e a empolgação toma conta. São poucos os prazeres na vida que podem ser comparados a assistir um bebê dar seus passinhos, mesmo que curtos, ainda com pouco jeito. São essas passadas irregulares que levam sorrisos ao rosto de qualquer mãe. Mas qual o preço que pode ser pago em querer antecipar o processo natural?

Como tudo na vida, o aprendizado passa por etapas que respeitam a evolução de cada um. Algumas crianças engatinham mais rápido, outras falam de tudo, enquanto há as que conseguem observar, atenciosamente, tudo o que acontece ao redor, absorvendo informações. Na pressa de ver seu filho andar e dá-lo maior independência, muitos pais optam pelo andador, um equipamento de rodinhas que permite a criança, mesmo antes da fase de começar a andar, a conseguir sua locomoção com facilidade. Mas o que parece ser interessante, pode virar tragédia.

Como os bebês ainda não criaram maturidade física e mental para andar onde quiser e tocar no que bem entender, a tendência é que o risco de acidentes cresça notavelmente. A começar pelas pequenas quedas, que podem se transformar em grandes riscos. Como a cabeça do bebê é desproporcionalmente pesada em relação ao corpo, algo natural da evolução física, cria-se uma facilidade de criar velocidade e perder um pouco o controle. 

Caso a roda prenda em algum objetivo, o andador vira facilmente e a primeira parte a tocar o chão é a cabeça, que ainda é muito frágil. E o acidente pode ser ainda pior. Uma queda de escada ou qualquer nível mais alto pode tornar a queda fatal, assim como em piscinas. Além disso, a liberdade ganha pelo bebê o torna mais apto a pegar objetos que não deveriam. São os casos de panelas nos fogões, facas, venenos, produtos tóxicos e tantos outros.

Outro malefício é que no andador a criança toca o chão apenas com as pontas dos pés, podendo causar atrasos na formação dos arcos plantares contribuindo para o pé plano, além de alterações ósseas nos pés. Outra região também afetada são os quadris que, por sua posição de encaixe na calça do andador, poderá levar a deformações.

O andador dá uma falsa sensação de liberdade e estímulo adequado à criança. Mas, pelo contrário, contribui para atrasos no equilíbrio, coordenação motora fina, esquema corporal e orientação espacial, pois os limites físicos do andador impedem que a criança explore o ambiente e o autoaprendizado do conhecimento corporal.

Por esses motivos, o andador está proibido em países como o Canadá. Nos Estados Unidos, há um movimento crescente em prol de também proibir esse equipamento.
No Brasil, o andador ainda é muito comum. Por falta de informações, não são poucos os pais que acreditam nos benefícios ilusórios do andador. Na contramão desse pensamento, a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), que conta com 16 mil profissionais de todo o País, iniciou no mês de janeiro passado uma campanha nacional para tentar acabar com o uso dos andadores de bebês. Segundo a entidade, o equipamento é inútil para o desenvolvimento infantil e, para agravar, pode ocasionar sérios acidentes. A SBP acredita que as crianças devem exercitar os músculos e deve-se respeitar o crescimento natural.


*Pediatra do Hapvida Saúde

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