terça-feira, 13 de março de 2012

Translucência nucal fetal

Pois é, pode parecer bobagem, podem me chamar de "fresca" (como ja chamaram algumas semanas passadas com relação a minha gravidez) mas eu me preocupo SIM com tudo oque acontece comigo e principalmente com o meu bebê!

Calma, vou explicar!
Como comentei no post anterior, ontem saí mais cedo do trabalho, passei o dia "provocando", a noite experimentei uma dor de cabeça tão forte que quase chorei!
Não consegui evitar em lembrar de um acontecimento que uma amiga comentou comigo semanas anteriores.
Ela tomou um remédio que gestante não poderia tomar, sentiu muita dor de cabeça e sofreu um aborto!
Passei a tarde toda pensando nisso, tanto era a minha preocupação que acabei sonhando que "eu sangrava durante o sonho todo"...
Acordei sem paz de espirito, fui logo cedinho ao consultorio do meu GO.
Fiquei um tempão conversando com ele, apenas tirando dúvidas sobre o remedio para enjoo que ele me receitou, sobre o de dor, sobre o meu medo em perder o bebê ou em prejudicar a sua formação... Falamos sobre os exames, as frequencias, e tudo oque me atormentava naquele momento.
Ele viu minha ansiedade, meus medos e graças a Deus, conseguiu me acalmar!
Me passou um exame chamado Translucência nucal e o simples fato de estar com a "guia" para o exame em mãos ja me deixou mais calma rsrsrsrs.
Esperava pegar os exames de sangue,fezes e urina feitos dia 17/fevereiro, mas não havia chegado ainda(não sei pq ainda me espanto com isso!).
Parte da minha ansiedade também se dava ao fato de poder ver meu bebê e talvez descobrir o sexo, mas meu GO me afirmou que apenas apos os 4 meses que dá pra ter certeza...#PoxaVida!
Bom, enfim mais calma com relação aos exames, vou aguardar mais 2 semanas para fazer o de Translucência nucal e enfim apresentar todos iniciais e ter a certeza que esta tudo bem com o bebê e comigo! =D

Meu maior medo, acredito que assim como o de todas as mamães, é o de meu bebê nascer com alguma anomalia, alguma deficiencia...
Mas vou pedir consolação ao meu Senhor Jesus Cristo para que acalme o meu coração, e que ajude o meu bebê a se desenvolver "direitinho" dentro do meu ventre, e é claro, lhe de muita saúde!!!

Sobre esse exame que farei daki 2 semanas, publicarei algo a respeito para mante-los informados...
É sempre bom aprender um pouco mais!!! V(#^_^#)V



Boa Leitura!


PS; Um abraço especial para todas as pessoas que visitaram meu blog ontem e as de hoje. MUITO OBRIGADO! 
Fico imensamente feliz em saber que vocês estão participando comigo desse "meu momento mágico"...
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Ultra-som na investigação de malformações fetais no começo da gravidez
Prof. Dr. Ayrton Roberto Pastore
Na última década, a melhora tecnológica dos equipamentos de ultra-som tornou possível estudar de forma adequada a anatomia fetal e deste modo suspeitar ou diagnosticar a presença de um grande número de malformações fetais já no primeiro trimestre da gestação.

Uma das grandes descobertas foi a translucência nucal (TN) fetal e a sua associação, quando aumentada, a anomalias cromossômicas, síndromes genéticas e malformações fetais.
Translucência nucal do feto (TN)

Denomina-se TN o acúmulo de fluído na região da nuca (entre a pele e o tecido celular subcutâneo que recobre a coluna cervical), que está presente em todos os fetos no período entre 11 e 13 semanas completas de gestação.

A medida da TN neste período, associada à idade materna, fornece um método efetivo de rastreamento para a trissomia do 21 (anomalia cromossômica que provoca a síndrome de Down, também chamada de mongolismo).

A taxa de detecção é de aproximadamente 90% para a síndrome de Down e de 75% para outras anomalias cromossômicas. Entretanto, aproximadamente 23% dos fetos portadores de mongolismo apresentam a TN dentro dos valores da normalidade. Assim, este valioso método de rastreamento possui uma sensibilidade de 77%.

A medida da TN aumenta com o evoluir da gestação, e o seu valor no final da 13ª semana de gestação deve ficar abaixo de 2,5mm (Fig.1).

Para calcular o risco do feto apresentar uma cromossomopatia considera-se a idade gestacional (determinada pela medida do comprimento cabeça-nádegas do embrião), a idade materna e corrigi-se este risco com a medida da TN. Existe um programa (software) fornecido pela Fetal Medicine Foundation, que é utilizado com este objetivo pelos serviços de referência em Medicina Fetal.

Translucência nucal fetal aumentada e cariótipo normal
Vários estudos estabeleceram que em fetos cromossomicamente normais a TN aumentada está associada a um grande número de malformações fetais e a síndromes genéticas, e a prevalência destes defeitos aumenta com o aumento da medida da TN (3mm - 2,4%, 4mm - 7,1%, 5mm - 12,3%, 6mm - 16,7%, 7mm - 35,6%).

A prevalência de defeitos cardíacos também aumenta com a medida da TN.

Deve ser enfatizado de forma especial aos pais, que a TN per se não constitui uma malformação fetal e, uma vez excluída as anomalias cromossômicas, cerca de 90% das gestações com feto apresentando TN menor que 4,5mm resultarão em recém-nascidos vivos e saudáveis.
Cuidados assistenciais na TN aumentada

Frente ao achado de uma TN aumentada (Fig.2), deve-se proceder:

• Exame morfológico fetal detalhado através do ultra-som para excluir malformação estrutural fetal (lembrando que neste período, entre 11-14 semanas de gestação, a sensibilidade é menor, dependendo do tipo de malformação fetal);

• Avaliar (obstetra e especialista em medicina fetal, juntamente com a paciente) a possibilidade de realização de teste invasivo para estudo do cariótipo fetal (amniocentese, biópsia das vilosidades coriônicas da placenta-BVC);

• Quando existe o risco de malformação cromosômica, devemos levar em consideração a idade da paciente, idade da gestação, aspecto morfológico do bebê. Se o risco é muito elevado, deve-se dar preferência para BVC (realizada entre a 11 a -14 a semana de gestação) ou amniocentese (realizada na 16 a semana de gestação). Ambos os testes, apesar de praticamente indolores, são invasivos, por aumentar a taxa de perda fetal (abortamento). Além do risco hipotético de perda fetal em qualquer gestação, seja o feto normal ou não, a amniocentese aumenta em aproximadamente 0,5% e a BVC em 1% o risco de abortamento. Assim, embora a BVC possa ser realizada mais precocemente e o resultado ficar pronto de forma preliminar mais rápido (36 a 48 horas), apresenta o dobro de perda fetal comparada à amniocentese (que é realizada mais tardiamente e o resultado final demorar até 3 semanas). A BVC é baseada na colheita e análise do trofoblasto (tecido placentário) onde é analisado o tecido de origem fetal da placenta. A amniocentese analisa as células fetais descamadas da derme que estão no interior da bolsa das águas, no líquido amniótico. Ambas as técnicas analisam o cariótipo fetal.

• Se o cariótipo fetal for normal, realizar exames morfológicos fetais detalhados, associados à ecocardiografia fetal, por especialista, entre 16 e 20 semanas de gravidez. Freqüentemente, os fetos portadores de cromossomopatias apresentam várias anomalias, por isso são chamados de sindrômicos. A malformação fetal mais comum no mongolismo é a cardiopatia (50%), daí a necessidade da realização da ecocardiografia fetal. Podem existir alterações em outros órgãos, que são melhor identificadas à ultra-sonografia quando a gestação está mais avançada ( 20 a -24 a semana), época em que realiza-se o exame morfológico fetal do 2 o trimestre da gestação.

• Investigação de infecção fetal por meio de exames sorológicos maternos; e,

• Pesquisa de síndromes gênicas (síndromes genéticas não-cromossômicas): são doenças em que o cariótipo fetal é normal, porém há alterações da morfologia fetal, que podem ou não ser compatível com a vida. Hoje, existe pelo menos 10.000 síndromes catalogadas (ver o site - www.ncbi.nlm.nih.gov/Omim/searchomim.html). Será necessário acompanhamento pós-natal com o geneticista para estudo ampliado e detalhado (genético-DNA, RX, metabolismo, etc.)

Nos casos em que ocorre regressão da TN o prognóstico é muito favorável e os pais podem ficar mais tranqüilos.


FONTE brevesdesaude(clique aquí)
Referência:

"Ultra-sonografia em Ginecologia e Obstetrícia" (966 páginas), Pastore, AR (autor), Cerri G (editor), Revinter, Rio de Janeiro, 2003., pp 199-208



Prof. Dr. Ayrton Roberto Pastore

Diretor Clínico da Unidade de Estudos em Ultra-sonografia e Medicina Diagnóstica
(UEU Diagnósticos -
www.ueu.com.br)

Professor Livre-Docente do Departamento de Radiologia da USP.
Especialista em Medicina Fetal (Título outorgado pela FEBRASGO)

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